Mas ao mesmo tempo, essa tragédia trouxe algo... Trouxe a esperança no ser humano novamente!
Eu e muitas pessoas que só souberam do acontecido por relatos ou pela televisão, que mesmo tão perto de Santa Maria, não perdeu ninguém. Mas que compreende a dor.
Dói muito ver que tantas vidas tão jovens, com um futuro brilhante a descobrir foram perdidas.
Que mães ligavam para seus filhos desesperados por saber da tragédia e eram atendidos por bombeiros. Dói muito!
E com isso, tentamos confortar de alguma maneira essas pessoas.
Vi meus amigos matando aula para coletar em farmácias o que era pedido para o tratamento dos feridos. Vi hospitais pedindo para as pessoas marcarem horário para doação de sangue dado a quantidade absurda de voluntários que queriam ajudar. Vi estudantes em Porto Alegre recebendo famílias de vítimas em suas casas. E sinto orgulho. UM ORGULHO IMENSO desse nosso povo!
Esse fim de semana fomos em uma passeata para as vítimas. Uma de MUITAS organizadas pelo estado a fora. Muitas pessoas estavam nela, mesmo Pelotas não tendo nenhuma vítima.
Eu e muitas pessoas que só souberam do acontecido por relatos ou pela televisão, que mesmo tão perto de Santa Maria, não perdeu ninguém. Mas que compreende a dor.
Dói muito ver que tantas vidas tão jovens, com um futuro brilhante a descobrir foram perdidas.
Que mães ligavam para seus filhos desesperados por saber da tragédia e eram atendidos por bombeiros. Dói muito!
E com isso, tentamos confortar de alguma maneira essas pessoas.
Vi meus amigos matando aula para coletar em farmácias o que era pedido para o tratamento dos feridos. Vi hospitais pedindo para as pessoas marcarem horário para doação de sangue dado a quantidade absurda de voluntários que queriam ajudar. Vi estudantes em Porto Alegre recebendo famílias de vítimas em suas casas. E sinto orgulho. UM ORGULHO IMENSO desse nosso povo!
Esse fim de semana fomos em uma passeata para as vítimas. Uma de MUITAS organizadas pelo estado a fora. Muitas pessoas estavam nela, mesmo Pelotas não tendo nenhuma vítima.
Aqui uma poesia que foi compartilhada no facebook essa semana. E que me fez refletir muito o tamanho da tragédia.
A MAIOR TRAGÉDIA DE NOSSAS VIDAS
Fabrício Carpinejar
"Morri em Santa Maria hoje.
Quem não morreu?
Morri na Rua dos Andradas, 1925.
Numa ladeira encrespada de fumaça.
A fumaça nunca foi tão negra no Rio Grande do Sul.
Nunca uma nuvem foi tão nefasta.
Nem as tempestades mais mórbidas e elétricas desejam sua companhia.
Seguirá sozinha, avulsa, página arrancada de um mapa.
A fumaça corrompeu o céu para sempre.
O azul é cinza, anoitecemos em 27 de janeiro de 2013.
As chamas se acalmaram às 5h30, mas a morte nunca mais será controlada.
Morri porque tenho uma filha adolescente que demora a voltar para casa.
Morri porque já entrei em uma boate pensando como sairia dali em caso de incêndio.
Morri porque prefiro ficar perto do palco para ouvir melhor a banda.
Morri porque já confundi a porta de banheiro com a de emergência.
Morri porque jamais o fogo pede desculpas quando passa.
Morri porque já fui de algum jeito todos que morreram.
Morri sufocado de excesso de morte; como acordar de novo?
O prédio não aterrissou da manhã, como um avião desgovernado na pista.
A saída era uma só e o medo vinha de todos os lados.
Os adolescentes não vão acordar na hora do almoço.
Não vão se lembrar de nada.
Ou entender como se distanciaram de repente do futuro.
Mais de duzentos e quarenta jovens sem o último beijo da mãe, do pai, dos irmãos.
Os telefones ainda tocam no peito das vítimas estendidas no Ginásio Municipal.
As famílias ainda procuram suas crianças.
As crianças universitárias estão eternamente no silencioso.
Ninguém tem coragem de atender e avisar o que aconteceu.
As palavras perderam o sentido."